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domingo, 27 de novembro de 2011

Ultimate Marvel vs Capcom 3


Foram passados 10 anos do lançamento de Marvel vs Capcom 2, que a Capcom fez os fãs rejubilarem ao lançar a tão aguardada continuação do jogo da série. As novas personagens, troca de parceiros no ar, uma arte e grafismo fantásticos, a nova mecânica “X-factor” e a promessa de um suporte contínuo através do lançamento de mais personagens via DLC, fez deMarvel vs Capcom 3 um jogo obrigatório para todos os entusiastas do género.

Porém, a companhia nipónica ganhou uns quantos inimigos ao anunciar a derradeira versão deMarvel vs Capcom, quando o original ainda não tinha feito um ano de vida. Esta decisão foi consequente das várias queixas dos jogadores sobre determinadas personagens estarem demasiado poderosas e que o X-factor estava “broken”. Ultimate Marvel vs Capcom 3 veio então corrigir os problemas da sua primeira versão.


NomeUltimate Marvel vs Cacpom 3
PlataformasPS3 [versão analisada] e Xbox 360
Produtora: Capcom
Distribuídora: Ecoplay
Data de Lançamento: 18/11/2011
PVP Recomendado: 39,99€


Por esta altura já todos devem saber que eu sou um enorme fã de jogos de luta e Marvel vs Capcom não foge à regra. Obviamente fiquei bastante contente quando a Capcom anunciou uma nova versão com 12 novas personagens, umas quantas stages novas, jogabilidade retocada e um melhor balanceamento.

Para esta versão Ultimate, a Capcom deu as boas-vindas do seu lado a Frank WestStrider,NemesisFirebrandPhoenix Wright, e Vergil, enquanto NovaRocket RaccoonIron FistHawkeyeDr. Strange,e Ghost Rider chegaram do lado da Marvel. Após contacto com estas personagens, houve uma coisa que ficou patente: a tentativa da Capcom variar a jogabilidade. Todas as novas personagens que foram incluídas nesta nova versão são muito diversificadas e distintas umas das outras, obrigando-nos a ir para o modo de treino e explorar todas as suas habilidades. Mas mais que isso, a companhia nipónica fez um esforço para que estas se mantivessem fieis aos seus congéneres dos videojogos. Nenhuma delas é igual e cada uma tem estilos únicos de combate. Phoenix Wright, o advogado do  Ace Attorney, tem de recolher provas para se tornar mais poderoso e, numa última análise, uma personagem de facto útil; Frank West, por outro lado, tem de dar uso à sua máquina fotográfica para subir de nível e ter acesso a armas e movimentos mais poderosos.

Do outro lado, Dr. Strange é das personagens mais versáteis no jogo e que requer um enorme domínio da mesma. É uma óptima personagem para jogar com o espaço e dar uma falsa sensação de segurança ao adversário; Iron Fist é aquela personagem que faz lembrar de imediato Fei Long do Street Fighter, graças à maneira como são executados os seus movimentos. Aliás, se o Bruce Lee fosse um super-herói, ele seria o Iron Fist.

Esta inclusão de personagens tão distintas veio trazer muita variedade na jogabilidade a Marvel vs Capcom 3, algo que faltou ao primeiro jogo, e que faz da exploração uma parte fulcral deUltimate Marvel vs Capcom 3. Muita da diversão deste jogo está na exploração e no factor recompensa quando testamos diversas equipas e vemos quais as que combinam melhor e se adaptam ao nosso estilo de jogo.

Mas o trabalho da Capcom incidiu sobre várias frentes, sendo uma das mais importantes residir no balanceamento do leque das personagens. As personagens de Marvel vs Capcom 3 foram alvo de vários ajustes que vêem dificultar escolha das equipas e, ao mesmo tempo, aumentar substancialmente o seu potencial. Personagens mais fracas e que até nem eram muito utilizadas, receberam novos atributos que aumentam as possibilidades de novas combinações e maximizam a sua capacidade mortal. Em adição a isto, um largo número de personagens recebeu novos movimentos. Mesmo as personagens que já eram boas sofreram pequenos ajustes para ficar tudo mais equilibrado e sem terem abdicado do seu estatuto. Nota-se um grande esforço da parte da Capcom em oferecer uma hipótese às personagens mais fracas, embora esteja ainda por provar a capacidade das personagens do jogo original contra as doUltimate Marvel vs Capcom 3.

Mas a maior mudança reside na alteração substancial à mecânica principal do jogo. O controverso X-factor tem, agora, um funcionamento diferente do visto em Marvel vs Capcom 3. O dano causado pelo X-factor foi reduzido e o seu tempo útil de utilização está interligado com a personagem usada. Porém, foi acrescentada uma maior flexibilidade, que permite, por exemplo, activar o X-factor no ar abrindo, assim, todo um leque de novas possibilidades e combinações.

No que ao conteúdo diz respeito, aqui é onde encontramos as “falhas” de Ultimate Marvel vs Capcom 3, e onde percebemos que não sofreu as alterações necessárias ou esperadas para uma edição que vem suceder a uma lançada há menos de 12 meses. Os menus foram todos redesenhados, e são agora mais intuitivos e limpos, tendo mantido o tema principal do modelo de negócio da Marvel: a banda desenhada. Porém, para além de um modo de jogo gratuito – Heroes & Heralds - que só será lançado até ao final do ano, pouco mais iremos encontrar no disco do jogo. É que nem o “Event Mode”, um modo lançado via DLC para Marvel vs Capcom 3, ou Jill Valentine e Shuma Gorath se encontram em Ultimate Marvel vs Capcom 3. Estes últimos personagens podem, no entanto, ser adquiridas caso ainda não as tenham comprado naPlayStation Store ou Xbox Live.

O modo “Mission” está de regresso mas, mais uma vez, a Capcom não se dignou a oferecer um modo de treino decente. À semelhança do que aconteceu em Marvel vs Capcom 3, este modo apenas raspa a superfície do que pode ser feito com cada uma das personagens; simplesmente não é capaz de dar aos jogadores mais novatos um conhecimento aprofundado das mecânicas e combos.

Duas das grandes novidades chegam-nos na forma de um modo espectador para os modos online, uma falha descomunal do primeiro jogo, e o modo Galactus que, como o nome sugere, nos permite controlar o gigante comilão de planetas. É um modo divertido mas que, na minha opinião, não é nada de significativo; vejam-no como um simples extra cuja diversão termina passado poucos minutos.

Infelizmente, Ultimate Marvel vs Capcom 3 é uma compra difícil para alguns e certa para outros. Quem não comprou o original, tem aqui uma boa razão para o fazer, mas o mesmo não se pode dizer aos que já possuem Marvel vs Capcom 3. Comparativamente com Super Street Fighter 4: Arcade EditionUltimate Marvel vs Capcom 3 peca em termos de conteúdo e funcionalidades, visto nem dar ao utilizador a possibilidade de gravar os seus combates.

Independentemente disso, Ultimate Marvel vs Capcom 3 será, novamente, o grande responsável por combates lendários e reviravoltas que nos deixam totalmente fora de nós. Não se deixem enganar, dentro deste disco estão inúmeras horas de exploração, divertimento e acção frenética. É uma compra obrigatória para todos aqueles que fazem dos jogos de luta uma religião e um óptimo começo para todos os que querem entrar neste mundo.


90

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Bom



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Bom


O mesmo divertimento e acção proporcionada pelo anterior;
12 novas personagens completamente distintas na maneira de jogar;
Balanceamento das personagens;
A troca de poder pela flexibilidade do X-factor;
Modo espectador.
Modo de treino muito simples;
Ausência do modo "Event";
Jill Valentine e Shuma-Gorath não estão incluidos no disco;
Pouca diferenciação de conteúdo quando comparadas ambas as versões do jogo.
analise do mygame

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